LXVII.
No dia que te conheci
Comecei a sentir saudades
LXI.
Queria que chegasse logo
Esse não sei o quê
Que eu queria que fosse
Não sei como
III.
Aí eu me dei conta
Que eu quero tanto
E nem sei por quê
XX.
O amor nem existe
Mesmo assim amo
XXI.
Brinca comigo pra você ver
Te escrevo
XXXVIII.
Ser mulher
Um mundo de ouvidos moucos
XL.
Queria ser alquimista
Transformar gente em coisa
Não consigo
XXIII.
Eu quero o luxo
De uma aldeia indígena
XLVIII.
Eu sou um outro mundo
LIII.
Nada
E, ainda assim,
Alguma coisa
XXXVI.
Ciência (do latim Sciencia)
[...]
2. Vertente da filosofia humanista que não admite que o ser humano não é responsável tampouco capaz de controlar todos os eventos do universo
LXVI.
Lembrete
"Por quê?"
Sempre
XXXVII.
Teoria que eu não vivo
Não dá
LVIII.
Saber que o tempo não é uma
Mas a medida
E sobretudo
Um caráter
Meu maior aprendizado
XXIV.
Lição de proporção
Aprender o real tamanho de cada coisa
XXVIII.
Entre querer bem
E fazer bem
Um abismo
XXXI.
A gente não devia ter vergonha das nossas feridas
LIX.
Morri na sua mão
XVII.
Morta
Porém viva
Amanhã acordo outra
LIV.
Nenhuma letra é morta
Sobre Nicole A. Marcello
Nasci no ano das Diretas Já, numa cidade que é praticamente uma caserna com umas fábricas e fazendas de café falidas em volta. Nesses anos, andei andando por aí. Hoje estou em Minas. Amanhã é com o meu orixá. Por isso, me considero de lugar nenhum.
Sempre tive facilidade com línguas e fui trabalhar com elas. Mas, como gosto de explorar minhas habilidades (e por imaturidade crônica para fazer escolhas práticas), fui parar na faculdade de música.
Queria muito morar numa aldeia indígena, mas minha paixonite por livros, cinema e rodas de samba me prende aos centros urbanos. Então eu me dedico à pesquisa acadêmica na área de letras e à minha casinha de cursos livres e sebo: a Quarup. E à escrita, é claro. Gostaria de dizer que é por amor. Mas não. É vício e vida mesmo. Por ela e com ela, sou quem sou.